Ao longo dos mais de seis meses em que se fez a pesquisa e a classificação de todos dos documentos dos arquivos de Célio Garcia, foram encontradas centenas de revistas das mais diversas áreas e épocas.
Uma delas, publicada em outubro de 1957 na França, chamada L’ÉDUCATION NATIONAL, com uma capa vermelha e uma grande foto em preto e branco, estava passando despercebidamente pelas mãos da equipe de pesquisa.
A foto registra uma cena de um pátio da Universidade de Paris-Sorbonne na qual aparecem, em diversos planos, cerca de 35 estudantes. No interior da publicação, a reportagem versa sobre o reinício do ano letivo em 17 universidades da França e destaca o número recorde de alunos nos cursos de bacharelado, que atingia a expressiva marca de 160 mil estudantes na capital, no biênio 1957-58, contra 151 mil e 144 mil, respectivamente, nos dois períodos anteriores.
Em meio a essa efervescência da vida acadêmica na França, certamente muitos estudantes brasileiros deveriam estar passando por lá. E pelo menos um foi flagrado pelo click do fotógrafo na capa.
Apenas um olhar muito aguçado poderia identificar na foto, logo em segundo plano, o estudante Célio Garcia, de terno, gravata, pasta na mão e calvície já proeminente, aos 27 anos.
O ano era 1957, e Célio já havia obtido, em 1955, sua Licence ès Lettres – Mention Psychologie pela Universidade de Paris-Sorbonne, mas ficaria na França até 1959.
Confira a integra do verbete CÉLIO GARCIA, com a síntese da trajetória acadêmica e profissional dele no Dicionário de Psicologia Latino-Americana, de autoria da professora Regina Helena de Freitas Campos, da Universidade Federal de Minas Gerais