Depoimento: Célio representou ‘uma presença inquietante’, relata Jefferson Pinto

Agosto ou setembro de 1968. Saguão da Fafich-UFMG, assembleia de estudantes para debater chapas candidatas ao DCE no rescaldo das breves notícias que chegavam sobre o Maio de 68 em Paris. Vivíamos o início do recrudescimento da ditadura.

(…)

Naquele dia, assentado numa cadeira colocada no hall entre as portas dos dois elevadores, um homem de terno cinza observava toda a movimentação dos estudantes, sem trocar conversa com ninguém. Perguntei ao colega quem era aquele cuja calvície precoce fazia parecer mais velho do que indicavam seus talvez trinta e poucos anos, no máximo. O colega me disse que o homem de terno cinza era um novo professor, que havia chegado da França com doutorado para dar aulas de Psicologia Social, o prof. Célio Garcia.

(…)

Eu acabava de fazer 19 anos e tentava mapear os acontecimentos e me localizar em meio às turbulências de toda espécie.

Os parágrafos acima foram escritos pelo psicanalista e doutor em Psicologia, com pós-doutorado em psicanálise e professor aposentado da UFMG, Jefferson Pinto, que, ao longo da vida, tornou-se também amigo de Célio e de sua família.

Vale a pena conferir. O depoimento foi enviado ao portal a pedido do editor e está publicado no livro Tributo a Célio Garcia, de Sérgio de Campos (org.), da Editora Topológica.

Depoimento-Jeferson-Pinto

Para visualizar o documento maior, clique aqui.

Este espaço é dedicado a depoimentos de pessoas que queiram compartilhar histórias, relatos e experiências profissionais e de vida relacionadas com Célio Garcia por meio de textos impressos, áudios e vídeos. As contribuições podem ser enviadas para contato@celiogarciaoficial.com.br.

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