Certa vez, quando Leila e Célio estavam indo de carro a trabalho de BH para Itabira (MG), ele disse uma frase da qual ela nunca mais esqueceu:
“Acho que você é meio feito eu; nós andamos sempre na direção do abismo, mas nunca caímos nele!”
Essa é apenas uma das muitas lembranças que Leila guarda do relacionamento acadêmico, profissional e de amizade que teve, por muitas décadas, com o ex-professor.
Logo que entrou para o curso de Ciências Sociais, na Fafich, ela foi aluna de Célio, “que tinha um estilo diferente na sala de aula”. Ainda no início do semestre, incomodada, Leila foi questioná-lo, dizendo que ele “deveria seguir um programa”, como os demais professores. Na semana seguinte, ao invés de mudar o jeito de dar a aula, o professor a convidou para conhecer o Setor de Psicologia Social, onde Leila acabou fazendo estágio e ampliando muito sua rede de contatos…
No final do curso, ela foi trabalhar com ele; anos mais tarde, Célio a orientou no mestrado em Ciência Política. O tema da dissertação, como ela relata, foi o chamado Novo Paradigma, à época objeto de estudos de Célio, numa perspectiva multidisciplinar e com interseções com diversas áreas do conhecimento. A proposta era tão original que Leila não tem dúvida em afirmar que, ali, “nasciam as bases para as atuais redes sociais”, como demonstra na entrevista.
Ela também revela: “Todo o meu progresso intelectual tem a marca do Célio; não se trata apenas de uma influência ou inspiração, mas, sim, de uma verdadeira marca.
Ao final da conversa, ela confessou, com carinho: “Fico com uma enorme pena de não poder contar, atualmente, com a presença de Célio para nos ajudar a pensar as questões atuais”.
E completou: “De qualquer forma, temos o site sobre Célio na internet, que é muito importante e pode, rigorosamente, ser chamado de um PORTAL!”.
Confira a entrevista completa: